*Um poema escrito a quatro mãos*
Parte II
Volte!
Preciso do seu corpo uma última vez.
Mas não fale nada!
Já me disseste tudo
Que podias dizer.
Só quero me despedir
Parte II
Volte!
Preciso do seu corpo uma última vez.
Mas não fale nada!
Já me disseste tudo
Que podias dizer.
Só quero me despedir
Sei que deixei marcas profundas
E que minha lembrança
é um tormento de prazer
A partir de agora
A cada gozo lembrará meu nome
Desejo que busque meu corpo
e não encontre
Quero que o desejo consuma sua alma.
Quero que me procure pra eu dizer não.
Que me siga para me ver com outros
Que me veja sendo tocada
Quero que se arrependa de ter ido embora
Quero ficar molhada te vendo olhar
Quero que seu castigo seja longo
Não existe dor pior do que a dor do abandono.
Não se ofereça como amor possível
Não hesitarei em te fazer sofrer.
Enfim, há algo de excitante nessa vida.
Nunca vivi vida bandida.
Poderosa, dona do seu prazer
Vivi vidas de amores românticos
Amo me descobrir.
Às vezes invento dores para poder escrever.
Hoje vou inventar prazeres.
Quero inventar loucuras.
Quero saber que vida é essa.
Eu ainda não sei.
Não sei?
Sei.
-Ingra Costa e Silva e Leonardo Lima