fevereiro 22, 2011

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo...


...com sabor de fruta mordida" já dizia o Cazuza. 
Ok, não posso discordar.E muito menos concordar. O que eu quero , também não é a realidade inventada da Clarice.
Eu quero pegar as nuvens, saber o nome de todas as estrelas, pintar o céu de rosa e te entregar o meu pacote cor-de-creme.Eu quero cozinhar todos os dias por prazer, pintar alguns quadros, fumar o meu cigarro em paz.Eu quero que você me leve café na cama, mas só as vezes, se não eu acho muita frescura.Eu quero escrever as melhores matérias, ajudar o pessoal da comunidade, ganhar uma fitinha do Bonfim. Fazer muitas tatuagens, aprender a jogar bisca e xadrez também.Eu quero que você proteja a mim e aos nossos filhos como um leão cuida de suas crias.Eu quero muitos esmaltes.Eu quero um abraço. Eu quero correr na chuva.Eu quero alguém diferente mas ao mesmo tempo igual. Eu quero uma fogueira, uma praia deserta e um violão. Eu quero morango com chocolate, que me ensine alguma coisa e que nunc ame faça chorar. Eu quero a solidão de dois. Eu quero a satisfação de um. Eu quero vida, eu quero brilho. Eu quero tudo, eu quero nada. Eu quero você.Eu não quero ninguém.
Se quero mesmo alguma coisa?

Nem eu sei.

fevereiro 21, 2011

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"Eu quero, eu espero um futuro contigo, já ouvi isso de um cara. O mesmo que naquele dia me fazia sangrar.
Não, ele não me abandonou apenas.Deixar a minha alma sangrando era pouco.Ele queria mais, queria ver , talvez sentir o sangue quente escorrer da minha boca. Foi um soco, apenas um, mas certeiro. Eu não era uma mulher pequena, ele era menor que eu, mas era homem.E conseguiu me acertar em cheio.
Naquele momento eu perdi o meu orgulho, a minha dignidade, a minha alma.
Meus sonhos tinham sido entregues a ele, embrulhados em um papel de seda cor-de-creme.
Nossos filhos, nossas memórias, passeios no parque e cafés na cama; tudo aquilo estava nas mãos dele. Mãos essas que me golpearam..." E o texto não fluía mais. A criatividade secara, as inspirações desapareceram...
ela levantou, pagou o café e foi embora. Histórias tristes não tinham mais desenrolar. Achou que estava na hora buscar inspiração em coisas felizes, em alegria que não cessa, em brilho constante em cantos perdidos de uma alma vibrante. Chegou na porta e parou.Se viu no reflexo, acendeu um cigarro.O pacote cor-de-creme estava embaixo do braço esquerdo..."Agora sim, eu vou escrever."

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"Não grite sua felicidade tão alto, a inveja tem sono leve"
(Artista Desconecido)



Ps.:Juro que volto a escrever logo