janeiro 09, 2014

Das cartas que eu não mando


Eu sempre imaginei encontrar uma cara que me trouxesse paz, conforto e que me aceitasse exatamente como eu sou. Que tivesses os mesmos planos que eu, que imaginasse o mesmo futuro que eu imagino e que a vida acabasse como num filme.

Ai eu conheci você e com toda a certeza do mundo, você não era nada disso. Ao invés de paz, me trouxe um monte de novidade para a vida. O jeito desligado que me irritava, as caretinhas. O jeito que ajeitava os lábios para me chamar de neguines.

Ao invés de conforto, trouxe-me um novo modo de pensar, novos lugares para conhecer. Novas ideias para trabalhar.


Bagunçou tudo! Fez a calmaria virar montanha russa.


Ao invés de me aceitar como sou, fez com que eu descobrisse um “eu” que estava perdido dentro da minha alma: um ser muito melhor!


Nós somos muito diferentes, mas nós somos diferente de um jeito que, no fundo, eu acho perfeito. Mas eu não entendo nada de perfeição, então, pode ser que eu esteja completamente equivocada e falando um monte de besteira.


E no meu equívoco, eu vejo que apesar de tudo por mais rápido que tenha sido, a gente se complementou.


Você era o que estava faltando na minha vida e a única coisa que eu esperava, sinceramente, era ser o mesmo para você.


Se eu fosse uma mulher normal, agora eu expressaria de maneira pomposa o quão grande são meus sentimentos.Mas eu nunca fui muito normal!

E o que eu realmente queria dizer é para que nunca mude! Seja assim, livre, lindo e perfeito nas tuas imperfeições. Se eu pudesse, te queria agora, sem pensar no depois, sem pensar no que vai ser e sem planejar nada, como sempre foi.Te dar um cheiro enquanto te abraço e tu repousa tuas mãos na minha cintura.


Mas hoje, eu já não posso.

Só o que posso, é desejar que tu fique bem, meu branquelo.

Porque eu sou forte e por mais quebrada que esteja, sempre me colo.

janeiro 08, 2014

E no meu peito, a dor


E eu escrevi...
Escrevi como se não houvesse amanhã. Sangrei a ponta dos dedos de tanto digitar frases que falavam sobre nosso fracassado amor.  Foram páginas e páginas de lamentos. De amores e rancores. De desejos e também do ódio que eu senti ao lembrar de você.
Eu não lembrava como era sentir um abismo rompendo o peito.
Não sabia o que era perder a vontade de comer ou de dormir e sentir apenas aquele gelo na alma.
Fazia tempo que eu não me apaixonava de verdade.
Fazia tempo que eu não sofria assim, de maneira tão covarde!
 -ICS