janeiro 08, 2011

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uma série de mini contos, mini crônicas, historinhas ou como quiserem nomear.
São relatos de situações vividas (ou imaginadas) por mim (Ingra Costa e Silva),pela Vanne (Vanessa Lazzaretti) e pela Manu (Emanuelle Farezin). Com Vocês:



"O que a gente fala quando eles não escutam"
Episódio de hoje: Ida ao Bokinha.
Era uma sexta-feira e depois de toda aquela correria e final de ano com a família (de sangue) finalmente se reencontra a "Família Pedro Antônio" (nome de batismo do nosso apê,também conhecido como Tonhão) e precisávamos sair para comemorar nosso início de ano.Mas parece que todas as casas noturnas (as boates, não as zonas) resolveram folgar.Ou entraram em férias coletivas e não avisaram ninguém.Nos restou ir para o Bokinha, um barzinho aconchegante , frequentado por pessoas mais cults. Nos arrumamos e depois de ligarmos pra muitos amigos e todos eles boicotarem nossa companhia, resolvemos ir sozinhas, a pé mesmo. 
E depois de algumas quadras, avistamos eles.Agiam em dois e estavam sentados num banco da praça.Eram grisalhos e quando fomos nos aproximando começaram os cochichos...Passávamos quase na frente dos pobres velhinhos quando iniciam-se os comentários "Gostosas, estã indo aonde?" "Vem aqui comigo" "Se eu te levo pra minha casa" e coisas do tipo. Passamos caladas, claro. Três meninas sozinhas e indefesas na noite violenta de uma cidade dos pampas não podem ficar dando bola pra esse tipo de coisa. Mas depois que passamos eu precisei olhar pras meninas e dizer : "Velho broxa, nem deve mais levantar esse pinto." Trajetória completa. 
"Garçom traz uma Polar. 
Ah!Traz duas de uma vez."
"Mais alguma coisa moça?"
"Não Obrigada"
Ele vai pra copa
"Se eu te peeeeeeego garçom..."
E o nosso primeiro brinde de 2011.Porque segundo a Manu:
"Se não brindar, é um ano sem dar."
E Deus nos livre dessa maldição.