junho 22, 2012

Filha do Bukowski

Bagaceira, fumante, beberrona
E com um pássaro azul dentro do peito
Um pássaro preso, que ninguém tem acesso
Nem eu.


Assim como o do Bukowski,
Ele quer sair, mas eu sou esperta
Largo ele pra passear
Na calada da noite
Quando (quase) ninguém
vai saber que ele existe.

Mas ele canta
ainda quando o prendo novamente
E digo para ele não ficar triste, pois eu sei que ele existe
E se eu sei, mais ninguém precisa saber.
Ele chora.
Diferente do meu pai
Eu choro.
E você, chora?

ICS